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As políticas culturais como um campo de governo: artistas empreendedores de si
- Source :
- Revista Lusófona de Estudos Culturais, Vol 6, Iss 2 (2019)
- Publication Year :
- 2019
- Publisher :
- Universidade do Minho, 2019.
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Abstract
- Este artigo apresenta alguns aspectos da obra do pesquisador inglês Tony Bennett (1988, 1998, 2008, 2011) sobre as políticas culturais e os circuitos artísticos. O autor adota o conceito de governamentalidade, proposto por Foucault (2016), e sugere que o encontro da estética pós-kantiana com o pensamento liberal, no final do século XVIII, criou condições para que as artes e a cultura passassem a ser vistas como um campo de governo. Essa tendência é visível no desenvolvimento das políticas culturais, especialmente a partir de meados do século XX e, mais recentemente, na difusão do conceito de economia criativa. Em seguida, a proposta é avançar sobre o pensamento de Foucault (2008), especialmente sobre as noções de empreendedorismo e capital humano. A hipótese é que um dos fatores que faz dos circuitos da arte um foco de interesse na sociedade atual é a maneira como os artistas investem a própria vida na criação de suas obras. Com isso, multiplicam-se grupos de interesse, que lutam por melhores condições de trabalho e políticas públicas. Por outro lado, corre-se o risco de que as redes se fechem em seus próprios circuitos, fragmentando o campo cultural. O desafio é fazer com que as artes e a cultura se transformem, de fato, em um bem comum, que faça parte do cotidiano da população.
Details
- Language :
- English, Portuguese
- ISSN :
- 21840458 and 21830886
- Volume :
- 6
- Issue :
- 2
- Database :
- Directory of Open Access Journals
- Journal :
- Revista Lusófona de Estudos Culturais
- Publication Type :
- Academic Journal
- Accession number :
- edsdoj.4902c3d52bee4b4993d82c1f07ebe331
- Document Type :
- article
- Full Text :
- https://doi.org/10.21814/rlec.2115