Back to Search Start Over

Internação compulsória e crack: um desserviço à saúde pública

Authors :
Isabel Coelho
Maria Helena Barros de Oliveira
Source :
Saúde em Debate, Vol 38, Iss 101, Pp 359-367
Publisher :
Centro Brasileiro de Estudos de Saúde.

Abstract

O objetivo deste ensaio é o de discutir a interpretação inconstitucional que vem sendo conferida à Lei nº 10.216/01, que prevê a internação compulsória de doentes mentais, mas que está servindo de fundamento para a internação de dependentes químicos. Trata-se de absoluta afronta aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e do direito à saúde. Aborda-se usuário de drogas, maior de 18 anos que tem sua internação requerida judicialmente. Partindo-se da premissa que os dependentes químicos não são doentes mentais, a internação compulsória, além de ser agressiva e uma forma de tratamento ineficaz, constitui um modo de eliminação dos indesejados, constituindo-se em prática higienista violadora de direitos humanos.

Details

Language :
English, Spanish; Castilian, Portuguese
ISSN :
23582898 and 01031104
Volume :
38
Issue :
101
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Saúde em Debate
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.67f93a873bed4bd9b2e1ad04ad7058ab
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.5935/0103-1104.20140033