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Práticas alimentares de gestantes e mulheres não grávidas: há diferenças?

Authors :
Caroline de Barros Gomes
Maíra Barreto Malta
Ana Carolina de Almeida Martiniano
Luiza Pereira Di Bonifácio
Maria Antonieta de Barros Leite Carvalhaes
Source :
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Vol 37, Iss 7, Pp 325-332 (2015)
Publication Year :
2015
Publisher :
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, 2015.

Abstract

OBJETIVOS: Conhecer o comportamento alimentar de gestantes assistidas pela atenção primária à saúde e compará-lo ao de mulheres em idade fértil das capitais brasileiras. MÉTODOS: Estudo transversal realizado no segundo trimestre gestacional com 256 gestantes, sorteadas dentre as assistidas pelas unidades de atenção primária à saúde de um município do interior paulista em 2009/2010. As práticas alimentares foram investigadas utilizando questionário adaptado do sistema Vigitel, composto por questões acerca de comportamentos alimentares em geral e frequência e características de consumo de grupos alimentares/alimentos específicos. Para a comparação foram utilizados os indicadores reportados pelo sistema Vigitel para as mulheres em idade fértil das capitais brasileiras no ano de 2010. As análises envolveram a apresentação de distribuição de frequências e estatísticas descritivas (distribuição de frequências ou médias e respectivos intervalos de confiança) com comparações de acordo com faixa etária. RESULTADOS: A maioria das gestantes consumia o café da manhã todos os dias (86,7%); a troca da refeição principal por lanche uma ou duas vezes por semana era o hábito de 45,7%. O consumo diário de frutas, salada crua, verduras e legumes não ocorria, respectivamente, em 48,8, 41,8 e 55,1% das gestantes. Peixe foi relatado como nunca ou quase nunca consumido por 64,4% das gestantes. Pelo menos uma vez por semana, 69,9% delas relataram consumo de refrigerante e 86,4% de bolacha/biscoito. Comparando as gestantes e mulheres em idade fértil das capitais brasileiras, a prevalência de excesso de peso foi bastante parecida e não houve diferenças entre o consumo regular de frutas e hortaliças. Carne com excesso de gordura e leite integral foram mais consumidos pelas gestantes, com diferenças em todas as faixas etárias analisadas. Por outro lado, gestantes tiveram menor ingestão regular de refrigerantes. CONCLUSÕES: Devem ser variadas e de grande importância as ações a serem praticadas na atenção pré-natal, desde promover o consumo de alimentos específicos até orientações sobre comportamentos alimentares, não deixando de reforçar os hábitos alimentares saudáveis já concretizados.

Details

Language :
English, Portuguese
ISSN :
01007203
Volume :
37
Issue :
7
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.6add564ef66144deac8f164c08363255
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.1590/S0100-720320150005367