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Influência da linfadenectomia radical (D2) na morbidade e mortalidade da ressecção curativa do carcinoma gástrico

Authors :
Dino Antonio Oswaldo Altmann
Fernando da Costa Ferreira Novo
Eugênio Américo Bueno Ferreira
Source :
Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Vol 26, Iss 6, Pp 335-340
Publisher :
Colégio Brasileiro de Cirurgiões.

Abstract

A despeito da controvérsia existente na literatura com relação aos benefícios da linfadenectomia na sobrevida dos doentes submetidos a ressecções curativas para tratamento do adenocarcinoma gástrico, é inegável que a linfadenectomia ampliada (nível II na classificação japonesa) contribui para o melhor estadiamento e prognóstico destes pacientes. Este procedimento permite-nos melhor identificar aqueles pacientes que têm pior prognóstico e oferecer-lhes novas formas de terapia adjuvante. Como o principal argumento para a não realização de cirurgias mais alargadas é que estas são acompanhadas de maior morbidade e mortalidade, os autores estudaram prospectivamente parâmetros relacionados a esses índices nas gastrectomias com linfadenectomia nível 11 (D2) que tiveram intenção curativa. Para tanto, estudaram-se a taxa de mortalidade, o tempo operatório, as unidades de glóbulos transfundidas, as complicações e o tempo de internação pós-operatória. Entre dezembro de 1992 e fevereiro de 1997 foram internados 86 pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico, dos quais, em 27, atendidos por uma mesma equipe interessada no tratamento destes tumores, houve ressecção cirúrgica com intenção curativa e o tratamento consistiu de gastrectomia acompanhada de linfadenectomia D2. A gastrectomia subtotal foi realizada em 17 doentes, a total em três e a total ampliada em sete. Nove doentes tinham tumores superficiais. Não houve mortalidade entre os pacientes submetidos a ressecções D2; o tempo médio operatório foi de 208,7 minutos; receberam em média 0,2 unidades de glóbulos e a incidência de complicações foi de 33,3%. A permanência hospitalar pós-operatória média foi de 8,6 dias. Foram estudados 854 linfonodos, dos quais 22,1% eram positivos para tumor metastático. Os autores concluem que a dissecção D2 pode ser feita de forma segura e não deve ser evitada por causa do risco de complicações. Permite estadiamento anatomopatológico mais preciso e melhor avaliação do prognóstico destes pacientes.

Details

Language :
English, Spanish; Castilian, Portuguese
ISSN :
18094546 and 01006991
Volume :
26
Issue :
6
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.b70b8c69f8ca4bd48da9eaae0b2e7207
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.1590/S0100-69911999000600004