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Os limites da basileia segundo João Crisóstomo: reflexões sobre o tratado ´Uma comparação entre o rei e o monge´

Authors :
Gilvan Ventura da Silva
Source :
Antíteses, Vol 8, Iss 16 (2016)
Publication Year :
2016
Publisher :
Universidade Estadual de Londrina, 2016.

Abstract

Vivendo numa sociedade confrontada amiúde pela ameaça dos persas e dos germanos, João Crisóstomo, ao contrário de seus antecessores, como Eusébio de Cesareia, não concebia o governo do basileus como dotado de qualquer significado religioso especial. O Império Romano, para João, constituía apenas um governo de homens sobre homens resultante de uma eleição. Um governo que, portanto, não se encontrava inscrito na ordem da natureza e nem tampouco comportava elementos místicos, sobrenaturais, visto estar sujeito à corrupção e à degenerescência. Em suas obras, João raramente se refere ao Imperium Christianum e é bastante lacônico ao mencionar os soberanos de seu tempo, o que sugere certo desinteresse pelo tema. Na realidade, o basileus não representava, segundo o autor, o modelo de cristão a ser imitado, distinção que caberia ao monge. Tendo em vista estas considerações, temos por finalidade discutir as características do ofício régio na Antiguidade Tardia, período de consolidação do movimento monástico, à luz do pensamento de João Crisóstomo. Para tanto, exploraremos uma das suas primeiras obras: o tratado Uma comparação entre o rei e o monge, composto no início da década de 370, em Antioquia.

Details

Language :
English, Spanish; Castilian, Portuguese
ISSN :
19843356
Volume :
8
Issue :
16
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Antíteses
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.f2b9867c701c44498a90f11444b574ce
Document Type :
article