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A educação estética de Hans Castorp: A montanha mágica como Bildungsroman

Authors :
Pedro Caldas
Source :
Viso, Vol 6, Iss 12, Pp 128-150 (2013)
Publication Year :
2013
Publisher :
Universidade Federal Fluminense, 2013.

Abstract

Neste artigo, faço uma reflexão crítica sobre o romance A montanha mágica (1924), de Thomas Mann, como um possível romance de formação. De acordo com Franco Moretti, o ‘Bildungsorman” é a forma simbólica da modernidade, porque é nela que a juventude se torna a parte mais significativa da vida, na medida em que incorpora o dinamismo e a instabilidade que tanto caracterizam a temporalidade moderna. A experiência da juventude pode ser uma das coisas perdidas depois da Primeira Guerra Mundial. Esta experiência é marcada por uma sensação de perda da capacidade de construir sentido, como Walter Benjamin articulou em seu famoso ensaio “Experiência e pobreza”. De alguma maneira, a construção de um personagem jovem, como Hans Castorp (mesmo que ele tenha vivido antes da Guerra) implica um desafio formal. Qual foi a linguagem disponível para a construção de um personagem jovem naquele momento histórico específico? Neste artigo, defendo a ideia de que Hans Castorp, diferentemente de um Pip, de Charles Dickens, ou de um Rubempré, de Balzac, não se resigna nem se autodestrói. Ele é um personagem de romance de formação na medida em que se deixa educar esteticamente.

Details

Language :
Portuguese
ISSN :
19814062
Volume :
6
Issue :
12
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Viso
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.f3aa8147243546bb9a5ad85dd2881696
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.22409/1981-4062/v12i/146