QUALIDADE DE VIDA, ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM PACIENTES COM CÂNCER DE COLO DO ÚTERO AVANÇADO

Objetivo: avaliar qualidade de vida (QV), ansiedade e depressão de pacientes com câncer de colo de útero em quimioterapia neoadjuvante seguido de quimioradioterapia. Métodos: coorte prospectiva de pacientes com câncer de colo uterino avançado, tratadas em hospital de ensino no nordeste do Brasil, entre novembro 2013 e janeiro 2017. A QV foi avaliada em quatro momentos: pré-tratamento, após quimioterapia neoadjuvante, após radioterapia e três meses após término do tratamento através do Functional Assessment of Cancer Therapy- Cervix (FACT-Cx). Ansiedade e Depressão, utilizou-se escala hospitalar de Ansiedade e Depressão – HAD. Resultados: Foram incluídas 40 mulheres entre 24 e 67 anos com média de 48 (± 11,4) anos que não procriaram ou tiveram até nove filhos (média=3). A maioria delas era solteira (57,5%), analfabeta ou com até ensino fundamental (85,0%). Na 1ª e 4ª avaliação, as médias de ansiedade foram de 7± 3,5 e 5,5± 3,6 e as médias de depressão foram 4,4± 3,2 e 3,7± 2,6 com variação significante entre os escores de depressão. A média dos escores FACT-Cx no pré-tratamento foi de 112,3± 17,4. Na última avaliação obteve-se a média de 116,3± 27,6 com variação de 52 a 155, sem diferença estatisticamente significativa. Conclusão: scores de QV das pacientes permaneceram estáveis ao longo do tratamento. Houve variação significativa entre as médias e proporção de depressão, que pode ser resultado do suporte psicológico oferecido às pacientes, o que demonstra a importância deste acompanhamento durante o tratamento, amenizando os impactos da doença e tratamento. Não foi observada diferença significativa quanto à ansiedade.
Objective: evaluate the quality of life (QOL), anxiety and depression scores of patients with cervical cancer treated with neoadjuvant chemotherapy followed by chemoradiotherapy. Methods: prospective cohort study of patients with advanced uterine cervix cancer treated with neoadjuvant chemotherapy followed by radiochemotherapy at a teaching hospital in northeastern Brazil between November 2013 and January 2017. Quality of life was evaluated at four time-points: pre-treatment, after neoadjuvant chemotherapy, after radiotherapy and three months after the end of treatment using Functional Assessment of Cancer Therapy-Cervix (FACT-Cx). Anxiety and depression, we used the Hospital scale of Anxiety and Depression. Results: We studied 40 women, aged 24 to 67 years with an average age of 48 ±11.4 years who had between zero and nine children (mean =3). Most were single (57.5%), illiterate and with elementary school education (85.0%). At the 1st and 4th evaluation, the mean anxiety scores were 7 ±3.5 and 5.5 ±3.6, respectively, and the mean depression scores were 4.4 ±3.2 and 3.7 ±2.6, respectively, with significant variation between the depression scores. The mean FACT-Cx scores at pretreatment were 112.3 ±17.4. At the last evaluation, the mean was 116.3 ±27.6 with a range from 52 to 155, with no significant difference. Conclusion: QOL scores remained stable throughout the treatment. There was a significant variation between the means and proportions of depression, possibly the result of the psychological support offered, demonstrating the importance of follow-up during oncologic treatment, mitigating the impacts of the disease and its treatment. There was no significant difference in anxiety.
Objetivo: evaluar la calidad de vida (CV), la ansiedad y la depresión en pacientes con cáncer de cuello uterino sometidas a quimioterapia neoadyuvante seguida de quimiorradioterapia. Métodos: cohorte prospectiva de pacientes con cáncer de cuello uterino avanzado, tratadas en un hospital escuela en el noreste de Brasil, entre noviembre de 2013 y enero de 2017. La CV fue evaluada en cuatro momentos: pretratamiento, después de la quimioterapia neoadyuvante, después de la radioterapia y tres meses después del final. del tratamiento utilizando la Evaluación Funcional de la Terapia del Cáncer-Cérvix (FACT-Cx). Ansiedad y Depresión, utilizando la Escala Hospitalaria de Ansiedad y Depresión – HAD. Resultados: se incluyeron 40 mujeres entre 24 y 67 años con una media de 48 (± 11,4) años que no habían procreado o tenían hasta nueve hijos (media=3). La mayoría eran solteros (57,5%), analfabetos o incluso con educación primaria (85,0%). En la 1ª y 4ª evaluación, las medias de ansiedad fueron 7± 3,5 y 5,5± 3,6 y las medias de depresión fueron 4,4± 3,2 y 3,7± 2,6 con variación significativa entre las puntuaciones de depresión. Las puntuaciones medias de FACT-Cx previas al tratamiento fueron 112,3 ± 17,4. En la última evaluación se obtuvo una media de 116,3 ± 27,6, variando de 52 a 155, sin diferencia estadísticamente significativa. Conclusión: las puntuaciones de calidad de vida de los pacientes se mantuvieron estables durante todo el tratamiento. Hubo variación significativa entre las medias y la proporción de depresión, lo que puede ser resultado del apoyo psicológico ofrecido a los pacientes, lo que demuestra la importancia de ese acompañamiento durante el tratamiento, mitigando los impactos de la enfermedad y del tratamiento. No se observó diferencia significativa con respecto a la ansiedad.