Central but controversial figure of the First Portuguese Republic (1910-1926), Afonso Costa (1871-1937) was also a professor at the Faculty of Law in Coimbra, before leaving to found and direct the Faculty of Social Studies and Law in Lisbon in 1913. Although he taught civil law, political economy and judicial institutions, Costa attracted attention for his academic work in criminal law, where he displayed his socialist convictions. As a Portuguese representative of the 'socialism of jurists', he was, along with Filippo Turati, Napoleone Colajanni and Michelangelo Vaccaro, part of the socialist criminal 'school' (or social 'school' of criminal law), which was known to have discarded the notion of free will in order to emphasise the importance of economic and social factors in the genesis of crime. Enlightened in this way, the social phenomenon of crime could receive its remedy: the adoption of integral socialism, which was to penetrate all criminal law. This led to a theory of "true" social defence, protecting the entire political community and not just the wealthy classes; a thesis that, paradoxically, would also nourish the penal reflection of the Salazarist professors., Figure centrale quoique controversée de la Première République portugaise (1910-1926), Afonso Costa (1871-1937) fut aussi professeur à la Faculté de Droit de Coimbra, avant de partir fonder et diriger la Faculté d’Études Sociales et de Droit de Lisbonne en 1913. Bien qu’enseignant le droit civil, l’économie politique et les institutions judiciaires, Costa retient l’attention pour ses travaux universitaires en droit pénal, où il affiche ses convictions socialistes. Représentant portugais du « socialisme des juristes », il s’inscrit, aux côtés de Filippo Turati, Napoleone Colajanni et Michelangelo Vaccaro, parmi « l’école » pénale socialiste (ou « école » sociale du droit pénal), connue pour avoir écarté la notion de libre arbitre afin de souligner l’importance des facteurs économiques et sociaux dans la genèse du crime. Éclairé de la sorte, le phénomène social criminel pouvait recevoir son remède : l’adoption du socialisme intégral, appelé à pénétrer tout le droit pénal. Ceci aboutit à une théorie de la « vraie » défense sociale, protégeant toute la communauté politique et non les seules classes aisées ; une thèse qui, paradoxalement, nourrira aussi la réflexion pénale des professeurs salazaristes., Figura central embora controversa da Primeira República Portuguesa (1910-1926), Afonso Costa (1871-1937) foi professor na Faculdade de Direito de Coimbra, antes de partir para fundar e dirigir a Faculdade de Estudos Sociais e de Direito em Lisboa em 1913. Embora tenha ensinado direito civil, economia política e instituições judiciais, Costa chamou a atenção para o seu trabalho académico em direito penal, onde expôs as suas convicções socialistas. Como representante português do 'socialismo dos juristas', fez, juntamente com Filippo Turati, Napoleone Colajanni e Michelangelo Vaccaro, parte da 'escola' penalista socialista (ou 'escola' social de direito penal), que se sabia ter descartado a noção de livre arbítrio para enfatizar a importância dos factores económicos e sociais na génese do crime. Iluminado desta forma, o fenómeno social do crime poderia receber o seu remédio: a adopção do socialismo integral, que deveria penetrar em todo o direito penal. Isto levou a uma teoria da "verdadeira" defesa social, protegendo toda a comunidade política e não apenas as classes favorecidas; uma tese que, paradoxalmente, também alimentaria a reflexão penal dos professores salazaristas.