1. Prevalência de sífilis congênita nos últimos cinco anos em uma maternidade pública do município de Fortaleza
- Author
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Maisa Leitão de Queiroz, Lívia Karoline Torres Brito, Isla Lopes de Azevedo Rodrigues, Edglesy Carneiro Aguiar, Juliana Sampaio Santos, Morgana Boaventura Cunha, Luana Duarte Wanderley Cavalcante, Raquel Ferreira Gomes Brasil, Livia de Paulo Pereira, and Vanessa da Frota Santos
- Abstract
Introdução: A sífilis congênita constitui um problema mundial de saúde. Milhares de gestantes se infectam a cada ano. A sífilis congênita, quando não tratada precocemente, desencadeia vários problemas, como: parto prematuro, aborto, morte fetal, entre outros. O crescente número de novos casos relaciona-se com a baixa escolaridade, múltiplos parceiros, uso de drogas, baixa condição socioeconômica. Objetivo: Descrever a prevalência de sífilis congênita nos últimos cinco anos em uma maternidade pública do município de Fortaleza (CE). Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, realizado em uma maternidade do município de Fortaleza. Os dados foram coletados em consulta aos registros dos sistemas de informação do serviço durante o mês de maio de 2021. Adotaram-se os casos confirmados entre os anos de 2016 e 2020. Esta pesquisa foi aprovada pelocomitê de ética em pesquisa com parecer n. 1.899.089. Resultados: Identificaram-se 1.113 casos de sífilis congênita nos últimos cinco anos na referida maternidade, sendo esses distribuídos da seguinte forma: no ano de 2016, foram notificados 187 casos, correspondendo a 17% do total do período; em 2017, foram registrados 250 casos (22,4%); no ano de 2018, houve 262 casos (23,5%); no ano de 2019, ocorreram 181 casos (16,2%); até dezembro de 2020, foram notificados 233 casos (21%). Observou-se que ocorreu uma diminuição no número de casos no ano de 2019 quando comparado aos demais anos, podendo ser justificado pelo diagnóstico e tratamento precoce da sífilis ainda no pré-natal. Notou-se que houve um acréscimo de 52 casos no ano de 2020 quando comparado ao ano de 2019 e que isso pode estar relacionado com o início do período pandêmico, que dificultou o acesso ao pré-natal e consequente diagnóstico precoce. Conclusão: Identificou-se um elevado número de casos, o que pode estar relacionado à carência na assistência do pré-natal e falta de intervenções educativas e medidas de prevenção da infecção.
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- 2021
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