Oliveira, Jailton Alves de, Gondra, José Gonçalves, Schueler, Alessandra Frota Martinez de, Pasche, Aline de Morais Limeira, Thiesen, Icléia, Fonseca, Marcos Luiz Bretas da, and Rago, Luiza Margareth
Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-05T21:46:35Z No. of bitstreams: 1 Tese_Jailton Alves de Oliveira.pdf: 3042033 bytes, checksum: b4e10be8236af9775156089a03f04c69 (MD5) Made available in DSpace on 2021-01-05T21:46:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_Jailton Alves de Oliveira.pdf: 3042033 bytes, checksum: b4e10be8236af9775156089a03f04c69 (MD5) Previous issue date: 2018-02-06 Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro The thesis of this work was devoted to knowing who the women were imprisoned in the House of Detention of the Court in the time proposed here. Along with this, we analyze why, how and what kind of women were sent there. For such an assault, it became necessary to know what this prison was, what it was instituted for, and what educational practices were possible in order to maintain order in place. As for the prisoners, we had to know who they were (occupation, age, civil status, among others) and the crimes committed. For these problematizations, as far as the theoretical-methodological horizon is concerned, we anchor ourselves in the notion of discipline proposed by Michel Foucault (2005). Discipline that organizes, separates and classifies to better watch and punish. In the geopolitical spaces of the city or in prison, these women should follow modes of behavior that are said to be desirable to them. But for our characters, this was in the realm of theory, for in producing resistances-killing, stealing, adulterating, among others-they subverted these guidelines and, in one form or another, they ended up being arrested and sent home. Counting with the judicial documentation - criminal cases, reports from the Ministry of Justice, and House of Detention Enrollment Books -, as well as periodicals, helped us tell about the stories of these "infamous lives" that came to us because they ran into power: they committed crimes, were prosecuted, tried or acquitted. Documentation observed without the intention of discovering something new, but rather revealing the concreteness of the surface of sayings as utterances that can be pronounced and recorded. These investigations enabled us to have greater contact with imperial utopian penitentiary practices, which aimed at clean and safe prisons, but ran up against the bureaucracy, lack of interest and inconvenience that the prisons had become. Finally, the work is justified by unpublished. There are not works that contemplate the imprisoned ones of the House of Detention in the time proposed here A tese deste trabalho se devotou a saber quem eram as mulheres presas na Casa de Detenção da Corte no tempo proposto aqui. Conjuntamente a isso, analisamos o porque, como e que tipo de mulheres foram enviadas para lá. Para tal investida, se fez necessário saber o que era essa prisão, para que foi instituída e que práticas educativas foram possíveis a fim de manter a ordem no lugar. Quanto às presas, tivemos que saber quem eram (ocupação, idade, condição civil, entre outros) e os crimes cometidos. Para essas problematizações, no que concerne ao horizonte teórico-metodológico, nos ancoramos na noção de disciplina proposta por Michel Foucault (2005). Disciplina que organiza, separa e classifica para melhor vigiar e punir. Nos espaços geopolíticos da cidade ou nos da prisão, essas mulheres deveriam seguir modos de comportamentos ditos desejáveis para elas. Mas, para as nossas personagens, isso ficou no campo da teoria, pois, ao produzirem resistências - mataram, roubaram, adulteraram, entre outros -, subverteram essas diretrizes e, de uma forma ou de outra, acabaram presas e encaminhadas para a Casa. O Contado com a documentação judicial - processos criminais, relatórios do Ministério da Justiça e Livros de Matrículas da Casa de Detenção -, além de periódicos, nos ajudaram a contar a respeito das histórias dessas vidas infames , que chegaram ate nós porque esbarraram com o poder: cometeram crimes, foram processadas, julgadas ou absolvidas. Documentaçao observada sem a intenção de descobrir algo novo, mas sim revelar a concretude da superfície dos ditos como enunciados passíveis de serem pronunciados e registrados. Essas investigas nos possibilitaram um contato maior com as práticas penitenciárias utópicas imperiais, que objetivaram prisões limpas e seguras, mas esbarraram na burocracia, falta de interesse e inconveniente que as prisões haviam se tornado. Por fim, o trabalho se justifica por se inédito. Não há trabalhos que contemplem as encarceradas da Casa de Detenção no tempo aqui proposto