Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Taking as a starting point the wandering lines traced around the world, we find singularities that affirm and invent other possible worlds, architecting absolutely other spaces. From these encounters, we intend to create cartographies, which allow us to think about the imbrication between these lives and pedagogies. The lives we want to find are those we call precarious lives: those that struggle for and against precarity, ontological condition and political intervention. The so-called homeless, madmen, prostitutes, old people, unemployed, drug addicts, prisoners. Young delinquents, sheltered children, beaten homossexuals, blacks-poor-peripherals in genocide, street-killers. Demonstrators, asphalt and favela, using their own bodies as targets of rubber bullets and bullets with gunpowder, brutalized by the Police State, by means of mediatic manipulation, blackblocs, midialivists, vandals, terrorists. Amarildo, Claudia, Rafael Braga Vieira. Many are the pedagogies engendered by these lives. To operate next to this population, we can find a huge network: the social service, the judiciary, health, education, philanthropy, politics, and the police. Neither of these sectors operates by itself and its operators are social workers, psychologists, lawyers, judges, guardianship counselors, police officers and pedagogues! In this research, we draw a map of the lines of pedagogy that intersect with these precarious lives and are engendered by them. We analyze the concepts of oppression and precarity. We traced the history of the concept of representation and the the lines to escape from it, affirmating difference itself. Finally, we think about the precarity of lives, pedagogues and pedagogies in the plurality and potency of “between”. Pelas errâncias que se faz mundo afora, encontramos singularidades que afirmam e inventam outros mundos possíveis, arquitetando espaços absolutamente outros. Destes encontros, pretende-se constituir cartografias, que permitam pensar a imbricação entre estas vidas e pedagogias. As vidas que pretendemos encontrar são as que denominamos vidas precárias: aquelas que lutam com(tra) a precariedade, condição ontológica e intervenção política. Os assim chamados moradores de rua, loucos, prostitutas, velhos, desempregados, drogados, presidiários. Jovens delinquentes, crianças abrigadas, gays espancados, pretos-pobres-periféricos em genocídio, rolezeiros. Manifestantes, do asfalto e da favela, tendo como utopias os seus próprios corpos, alvos das balas de borracha e das balas com pólvora, brutalizados pelo Estado Policial, pela instrumentalização midiática, blackblocs, midialivristas, vândalos, terroristas. Amarildo, Cláudia, Rafael Braga Vieira. Muitas são as pedagogias engendradas por estas vidas. Ao mesmo tempo, imensos são os aparatos mobilizados para operar junto a esta população: o serviço social, o judiciário, a saúde, a educação, a filantropia, a política, e a polícia. Nenhum destes setores opera por si só e seus operadores são os assistentes sociais, os psicólogos, os advogados, os juízes, os conselheiros tutelares, os policiais e os pedagogos! Nesta pesquisa, queremos traçar um mapa/uma cartografia/linhas das pedagogias que se interseccionam com estas vidas precárias e por elas são engendradas. Analisamos os conceitos de opressão e precariedade. Percorremos a história do conceito de representação e os modos capazes fugir dela, pensando a diferença em si mesma. Por fim, pensamos a precariedade das vidas, dos pedagogos e das pedagogias na pluralidade e na potência do entre.