This thesis touches upon important aspects that involve the past, present and future of unconventional monetary policies (UMPs): their historical background and conceptual debate; the experience of UMPs in advanced economies, with the Euro area case; the effects of UMPs in emerging economies, and their links with corporate debt; the process of UMPs exit and the future of monetary policy frameworks. First, by reporting several historical experiences of the Bank of England, Federal Reserve System and Bank of Japan, we have observed that policies which after the 2008 crisis were considered to be “unconventional” had already been adopted in various occasions before. Second, on the conceptual debate, we analyzed UMPs framework (objectives, measures, transmission channels, and effects), with more detailed attention on nominal negative interest rates, measure which had not been implemented before 2008. Third, on UMPs experience in the Euro area, we observed that UMPs were capable of avoiding a major financial collapse after 2008, and managed partial improvements in macroeconomic indicators. In particular, sovereign yields have presented distinct responses according to each asset purchase program announced/implemented. However, UMPs were not able alone to solve all economic problems in the Euro area, which deserve the support of additional policies (fiscal, industrial, institutional, financial regulation/supervision) to ensure a sustained growth path in the medium/long term. Fourth, on UMPs effects in emerging economies, we have observed the important role of accommodative measures of the main advanced economies central banks, together with other global factors, to explain the rise of corporate debt. Its economic policy implications are related to the need for enhancement in financial regulation, macro and microprudential instruments to increase the resilience of the financial system against crises. Finally, the current process of UMPs exit is asynchronous, and gradual sequencing and proper communication will be required to avoid major disruptions in international financial markets. Future monetary policy frameworks may take lessons from past and recent experiences and incorporate some UMPs in their toolkits, in order to increase the effectiveness of monetary policies and reduce financial stability concerns, once the challenges posed by financial markets are increasingly higher.; Cette thèse aborde des aspects importants qui impliquent le passé, le présent et l’avenir des politiques monétaires non conventionnelles (PMNC) : son contexte historique et les débats conceptuels qui l’accompagnent; l’expérience des PMNC dans les économies avancées, avec le cas de la Zone Euro; les effets des PMNC dans les économies émergentes et ses liens avec la dette privée des entreprises; le processus de sortie des PMNC et l’avenir des cadres de politique monétaire. Premièrement, en rapportant plusieurs expériences historiques de la Banque d’Angleterre, de la Réserve Fédérale américaine et de la Banque du Japon, nous mettons en évidence que des politiques qui, après la crise de 2008, étaient considérées comme «non conventionnelles» avaient en fait déjà été adoptées à diverses occasions dans l’histoire. Deuxièmement, au niveau des débats conceptuels, nous analysons le cadre (objectifs, mesures, canaux de transmission, effets) des PMNC, en portant une attention plus détaillée aux taux d’intérêt nominaux négatifs, mesure qui n’a pas été appliqué avant 2008. Troisièmement, au regard de l’expérience des PMNC dans la zone euro, nous avons constaté que ces dernières étaient capables d’éviter un effondrement financier majeur après 2008 et d’apporter des améliorations partielles des indicateurs macroéconomiques. En particulier, les rendements souverains ont présenté des réponses différentes selon chaque programme d'achat d'actifs annoncé / mis en œuvre. Néanmoins, les PMNC n’ont été pas capables de résoudre touts seules les problèmes économiques de la zone euro, qui méritent le soutien de politiques supplémentaires (fiscales, industrielles, institutionnelles, de réglementation / supervision financières) pour assurer une trajectoire de croissance soutenue à moyen / long terme. Quatrièmement, en ce qui concerne les effets des PMNC dans les économies émergentes, nous avons observé le rôle important joué par les mesures d’assouplissement monétaire des principales banques centrales des économies avancées, associées à d’autres facteurs mondiaux, pour expliquer la hausse de la dette des entreprises. Ses implications pour la politique économique sont liées à la nécessité de renforcer la réglementation financière et les instruments macro et microprudentiels afin d'augmenter la résilience du système financier contre les crises. Enfin, le processus actuel de sortie des PMNC est asynchrone. Un séquençage progressif et une communication appropriée seront nécessaires pour éviter des perturbations majeures des marchés financiers internationaux. Les futurs cadres de politique monétaire pourraient tirer des leçons des expériences du passé et récentes et incorporer certaines PMNC dans leur boite à outils pour augmenter l’efficacité des politiques monétaires et réduire des préoccupations liées à stabilité financière, une fois que les défis posés par les marchés financiers sont devenus de plus en plus importants.; Esta tese aborda aspectos importantes que envolvem o passado, presente e futuro das políticas monetárias não convencionais (PMNCs): seu histórico e debate conceitual; a experiência das PMNCs nas economias avançadas, com o caso da Área do Euro; os efeitos das PMNCs nas economias emergentes e suas relações com a dívida corporativa; o processo de saída das PMNCs e o futuro dos arcabouços de política monetária. Primeiro, relatando várias experiências históricas do Banco da Inglaterra, do Federal Reserve System e do Banco do Japão, observamos que as políticas que, após a crise de 2008, eram consideradas “não convencionais” já haviam sido adotadas em várias ocasiões anteriores. Em segundo lugar, no debate conceitual, analisamos o arcabouço das PMNCs (objetivos, medidas, canais de transmissão e efeitos), com atenção mais detalhada sobre as taxas de juros nominais negativas, medida que não havia sido implementada antes de 2008. Em terceiro lugar, na experiência das PMNCs na Área do Euro, observamos que as PMNCs foram capazes de evitar um grande colapso financeiro após 2008 e resultaram em melhorias parciais nos indicadores macroeconômicos. Em particular, os rendimentos soberanos apresentaram respostas distintas de acordo com cada programa de compra de ativos anunciado / implementado. No entanto, as PMNCs não foram capazes de resolver sozinhas todos os problemas econômicos da Área do Euro, que merecem o apoio de políticas adicionais (fiscal, industrial, institucional, regulação/supervisão financeira) para assegurar uma trajetória de crescimento sustentado no médio/longo prazo. Quarto, sobre os efeitos das PMNCs nas economias emergentes, observamos o importante papel das medidas de acomodação monetária dos principais bancos centrais de economias avançadas, juntamente com outros fatores globais, para explicar o aumento da dívida corporativa. Suas implicações de política econômica estão relacionadas à necessidade de aprimoramento na regulação financeira, instrumentos macro e microprudenciais para aumentar a resiliência do sistema financeiro contra crises. Finalmente, o atual processo de saída das PMNCs é assíncrono, e um sequenciamento gradual e uma comunicação apropriada serão necessários para evitar grandes distúrbios nos mercados financeiros internacionais. Os futuros arcabouços de política monetária podem tirar lições de experiências passadas e recentes e incorporar algumas PMNCs nos seus instrumentos, a fim de aumentar a eficácia das políticas monetárias e reduzir os riscos de estabilidade financeira, uma vez que os desafios impostos pelos mercados financeiros são cada vez mais elevados.