Objetivou-se avaliar os efeitos dos teores de inclusão de óleo residual de frituras (ORF) na alimentação, desempenho e características de carcaça e qualidade da carne de ovinos em confinamento. Foram avaliados os níveis de 0; 20; 40; 60 e 80 g kg-1 (base da MS total da ração) de inclusão de ORF às dietas. As dietas foram formuladas para serem isoprotéicas com relação volumoso: concentrado de 60:40, tendo como fonte volumosa silagem de sorgo. No primeiro e segundo artigo foram utilizados cinco carneiros castrados distribuídos em um Quadrado Latino (5 x 5). Nestes estudos avaliou-se: consumo e digestibilidade dos nutrientes, parâmetros de fermentação ruminal, balanço de nitrogênio, e parâmetros do comportamento ingestivo dos animais. Nos artigos três e quatro foram utilizados 40 cordeiros distribuídos em delineamento inteiramente casualizado. Foi feita pesagem dos animais, para obtenção do peso final, do ganho de peso médio diário e da conversão alimentar. Foram realizadas coletas de sangue para quantificar os níveis de glicose, triglicerídeos, ureia, creatinina, aspartato aminotransferase, gama-glutamiltransferase, fosfatase alcalina, bilirubinas, proteínas totais, albumina e globulinas. Foram realizadas avaliações de carcaça e o Longissimus dorsi foi retirado para análises de qualidade da carne. Houve efeito linear decrescente no consumo de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), carboidratos totais (CHT) e carboidratos não fibrosos (CNF). Houve efeito linear crescente para o consumo de extrato etéreo (EE). A digestibilidade da MS, MO, PB, FDN, CHT, CNF, assim como a excreção urinária de nitrogênio, retenção de nitrogênio e os parâmetros de fermentação ruminal não foram afetados pela adição de ORF. Não houve efeito da adição do ORF sobre o tempo de alimentação, ruminação e ócio, nas variáveis relativas a mastigação merícica e eficiência de alimentação. Houve efeito linear decrescente para a eficiência de ruminação da MS e da FDN. Os teores de ORF afetou negativamente o desempenho produtivo. Os níveis plasmático de glicose, globulina, triglicerídeos, creatinina e a fosfatase alcalina tiveram efeito quadrático com a inclusão de ORF nas dietas tendo como pontos de máxima 13,2; 43,6; 50,0; 30,7 e 27,7 g kg-1, respectivamente. A albumina esteve ligeiramente abaixo da faixa considerada ótima para a espécie ovina que é de 2,4-3,0 g dL-1. Os teores de ORF afetou de modo linear decrescente os pesos, as avaliações das carcaças e as medidas aferidas no Longissimus dorsi. As carnes apresentaram intensidade de odor moderado, boa maciez, pouca à moderada suculência e moderada aceitabilidade. Conclui-se que que a adição de ORF em dietas para carneiros pode afetar a ingestão de nutrientes, sem no entanto, afetar a digestibilidade dos nutrientes, balanço de nitrogênio, os parâmetros de fermentação ruminal, as atividades de ingestão, ruminação e ócio, bem como, os parâmetros da mastigação merícica, mas causa uma redução na eficiência de ruminação, no desempenho e nos parâmetros metabólicos sanguíneos dos animais e nos parâmetros da carcaça, sem afetar a qualidade da carne. The objective of this study was to evaluate the feeding, performance, carcass characteristics and meat quality in lambs feed if diets containing different levels of residual frying oil (RFO). Levels of 0, 20, 40, 60 and 80 g kg-1 dry matter base of RFO in the diets of lambs were evaluated. Diets were formulated to be isonitrogenous with roughage: concentrate ratio of 60:40, with the sorghum silage. Five castrated lambs, distributed in a Latin square (5x5) design, were used in the first and second articles. In these studies were evaluated: intake and digestibility of nutrients, ruminal fermentation, nitrogen balance and intake behavior. 40 lambs were used in a randomized design at third and fourth articles. Weighing of the animals to obtain the final weight of the average daily weight gain and feed conversion was taken. Blood collections to quantify the levels of glucose, triglycerides, urea, creatinine, aspartate aminotransferase, gamma-glutamyl transferase, alkaline phosphatase, bilirubin, total protein, albumin and globulin were performed. Carcasses were evaluated and the Longissimus dorsi was removed for analyzes of meet quality. There was a decreasing linear effect on the intake of dry matter (DM), organic matter (OM), crude protein (CP), neutral detergent fiber (NDF), total carbohydrates (TCH) and nonfibrous carbohydrates (NFC). There was an increased linear intake of ether extract (EE). The digestibility of DM, OM, CP, NDF, TCH and NFC, as well as urine nitrogen excretion, nitrogen balance and ruminal parameters, were not influenced by different levels of RFO in the diet. There was no difference for the time spent feeding, ruminating, being idle, chewing parameters and feeding efficiency. The efficiency of rumination for dry matter and neutral detergent fiber showed a decreased linear effect. The levels of RFO affected negatively the productive performance. The plasma levels of glucose, globulin, triglycerides, creatinine and alkaline phosphatase were affected by the inclusion of the dietary RFO observed quadratic effect and having as points of maximum 13.2, 43.6, 50.0, 30.7 and 27.7 g kg -1 DM, respectively. Albumin was slightly below the range considered ideal for the sheep which is 2.4-3.0 g dL-1. The levels of RFO affected linearly decreasing the weights, assessments of carcasses and the measurements taken in the Longissimus dorsi. The meats presented moderate odor intensity, good softness, juiciness low to moderate and moderate acceptability. It can be concluded that the addition of RFO to the diets of sheep can affect nutrient intake without affecting the digestibility of nutrients, nitrogen balance, ruminal fermentation parameters, the activities of eating, ruminating and idling as well as parameters chewing. Causes a reduction in rumination efficiency, performance and metabolic parameters in blood of animals and carcass characteristics without affecting the quality of meat.